segunda-feira, novembro 26, 2007

Pales pavida

Na foto vemos uma fêmea da espécie Pales pavida, diptero parasitóide da família Tachinidae. O hospedeiro do indivíduo da foto foi uma larva da espécie Carcharodus alceae (família Hesperiidae).
Esta espécie de mosca é polífaga, pois as suas larvas possuem várias espécies de hospedeiros.

Nilea hortulana


Mais uma mosca parasitóide da família Tachinidae. A larva hospedeira do indivíduo da foto pertence à espécie Acronicta tridens (família Noctuidae).

Compsilura concinnata

Esta pequena mosca pertence à família Tachinidae. É um parasitóide generalista, parasitando três ordens diferentes de insectos: Lepidoptera, Hymenoptera e Coleoptera. A progenitora do indivíduo da foto atacou uma larva de Thaumetopoea pityocampa (processionária-do-pinheiro), uma borboleta nocturna da família Thaumetopoeidae.

terça-feira, agosto 28, 2007

Smerinthus ocellatus

A espécie Smerinthus ocellatus é uma borboleta nocturna (Heterocera) da família Sphingidae. O restritivo específico "ocellatus" refere-se aos ocelos que o adulto (imago) possui na face superior das asas posteriores que têm como objectivo afugentar predadores.
Esta espécie é relativamente grande, tendo os adultos uma envergadura de asas entre os 70 e os 95 mm. As lagartas, no último instar (fase de desenvolvimento), chegam a atingir 80 mm de comprimento.

Os ovos desta espécie têm forma oval e são de cor verde. São postos isoladamente ou aos pares nas folhas das plantas de que se alimentam as lagartas. A larva, quando nasce (1º instar), tem cerca de 5 mm de comprimento. No instar seguinte, a larva desenvolve uma protuberância no topo da cabeça que vai acabar por perder numa fase mais avançada do seu desenvolvimento. Com o crescimento, a lagarta vai apresentar uma acentuada diferença de coloração entre o dorso e o ventre.
Momentos antes de pupar, a lagarta muda pela última vez de cor, apresentando uma coloração entre o castanho e o amarelo, o que a ajuda a camuflar-se quando esta desce da árvore em que se alimentava para pupar debaixo do solo.

É importante referir que, por vezes, chegam a morrer 80% das larvas de uma dada colónia devido a parasitóides.
As principais plantas hospedeiras das lagartas são: numerosas espécies de Salix (salgueiros) e Malus (macieiras).
No entanto, quando as plantas anteriores não estão presentes, esta espécie pode alimentar-se de Populus (choupos), Betula (bétulas), Alnus (amieiros), etc.


A pupa tem cerca de 40 mm de comprimento e apresenta uma cor escura (avermelhada). A lagarta tece uma célula que vai separar a pupa do meio envolvente. A pupa pode ser encontrada a uma profundidade entre o 2 e 3 cm num local relativamente distante da planta hospedeira.





Os adultos, quando se encontram em posição de repouso, são muito difíceis de localizar, porque apresentam uma camuflagem que os torna "invisíveis" aos olhos dos predadores. Mas se esta estratégia de sobrevivência falha, estes ainda possuem outro truque: os ocelos. Quando se sente ameaçada, a Smerinthus ocellatus tapa e destapa alternadamente os ocelos das asas posteriores dando a ilusão ao predador de estar perante um enorme animal a "piscar" os olhos.

O acasalamento dá-se normalmente após a meia-noite e termina antes do amanhecer do dia seguinte. Após o acasalamento a fêmea começa a postura dos ovos quase imediatamente e esta dura mais alguns dias.
A sul da sua distribuição esta espécie apresenta duas gerações ao ano.






Bibliografia:

sábado, junho 02, 2007

Lucanus cervus

Foto 1
O Lucanus cervus (Cabra-loura) é um insecto da Ordem Coleoptera (família Lucanidae) e é o maior coleóptero de Portugal. Está presente praticamente em toda a Europa e Médio Oriente com a excepção do Norte da Europa, Sul da Península Ibérica (onde ocorre Lucanus barbarossa), Sul da Itália, Sardenha Córsega e região de Provença.
Esta espécie está associada a bosques e florestas de caducifólias, embora também possa ser encontrada em parques e jardins. Não depende unicamente de quercíneas pois as larvas alimentam-se, também, de muitas espécies de árvores de folha caduca. As larvas alimentam-se de madeira em avançado estado de decomposição, enquanto que os adultos alimentam-se de seiva (Foto 3) resultante de feridas nas árvores e também de frutos maduros.

Foto 2
O desenvolvimento das larvas tem uma duração muito variável (1 a 7 anos a atingir a maturidade). A pupa desenvolve-se durante cerca de seis semanas. Os adultos eclodem da pupa entre finais da Primavera e início do Verão. O Lucanus cervus apresenta um acentuado dimorfismo sexual, tendo os machos a cabeça e as mandíbulas muito maiores que as fêmeas. Esta espécie apresenta um dos polimorfismos tróficos mais significativos entre os insectos.




Foto 3
Apresenta um comportamento variável, sendo nocturno/crepuscular na área Norte da sua distribuição e diurno na área Sul (como no Parque Biológico de Gaia onde foram tiradas as fotos).
A perda e fragmentação do habitat são a grande ameaça que esta espécie enfrenta. É muito importante não derrubar árvores velhas e manter madeira em decomposição de que as larvas se alimentam.
A população de Lucanus cervus está em declíneo.



Bibliografia:

http://www.icn.pt/psrn2000/caracterizacao_valores_naturais/FAUNA/invertebrados/Lucanus%20cervus.pdf
http://es.wikipedia.org/wiki/Lucanus_cervus
http://en.wikipedia.org/wiki/Lucanus_cervus

quinta-feira, maio 31, 2007

A vida secreta dos parasitóides

Foto 1
Um parasitóide é um ser vivo que passa um período importante da sua vida agarrado ou no interior de um único organismo hospedeiro que, invariavelmente, mata (e muitas vezes consome). O parasitoidismo é, por isso, semelhante ao parasitismo excepto no facto de o hospedeiro ser morto. Numa relação parasítica habitual, o parasita retira os nutrientes necessários sem que os danos provocados no hospedeiro sejam mortais e o impeçam de se reproduzuir normalmente. No caso do parasitoidismo o hospedeiro é morto, normalmente antes de este ser capaz de se reproduzir.


Foto 2
Este tipo de relação parece ocorrer mais habitualmente em organismos com uma taxa de crescimento elevada (como os insectos). Muitos parasitóides co-evoluiram com os seus hospedeiros estando, por isso, dependentes da sua existência.

Existem alguns tipos diferentes de parasitóides: parasitóides idiobiontes são aqueles que impedem qualquer desenvolvimento do hospedeiro após a parasitação inicial. Isto envolve tipicamente uma fase imóvel da vida do hospedeiro como por exemplo a fase de pupa ou ovo. Os idiobiontes vivem, quase sem excepção, no exterior do hospedeiro.


Foto 3
Os parasitóides coinobiontes permitem ao hospedeiro continuar o seu desenvolvimento e normalmente não o matam nem o consomem até o hospedeiro estar pronto para pupar ou tornar-se adulto. Isto implica normalmente viver com um hospedeiro móvel e activo. Os coinobiontes podem subdividir-se em endoparasitóides e ectoparasitóides. Os primeiros desenvolvem-se no interior do corpo do hospedeiro e os segundos no exterior (no entanto estão frequentemente agarrados ou no interior dos tecidos da presa).


Foto 4
Não é raro um parasitóide ser hospedeiro de uma cria de outro parasitóide. O nome adequado para este último parasitóide é parasitóide secundário ou hiperparasitóide, pois tanto o parasitóide primário como o hospedeiro são mortos.

Cerca de 10% das espécies de insectos descritos são parasitóides embora, devido à falta de conhecimentos deste grupo, a percentagem possa subir até aos 20%. Há quatro ordens de insectos que são particularmente conhecidas pelos seus parasitóides: Hymenoptera, Diptera (Fotos 4 e 6), Strepsiptera e Coleoptera. Os parasitóides himenópteros (Fotos 1, 2, 3, 5 e 7) são, de longe, os mais numerosos.


Foto 5
Parasitóides e o controlo biológico de pragas

Os parasitóides são usados pelo Homem para controlar diversas pragas agrícolas e florestais entre as quais de incluem diversos lepidópteros (borboletas diurnas e nocturnas).

Um dos casos mais conhecidos de parasitóides de pragas agrícolas é o da Cotesia glomerata (Braconidae), um pequeno himenóptero que ataca principalmente borboletas da família Pieridae. Nesta espécie o acasalamento e a postura de ovos ocorre normalmente logo após a emersão dos adultos das respectivas pupas. Os ovos são depositados no interior das lagartas (normalmente no 1º instar) num número que anda à volta dos 20 a 60 ovos por hospedeiro. Quando as larvas do himenóptero emergem para construir o seu casulo (Foto 1) isto significa a morte da lagarta. Numa determinada época do ano chegam a ser parasitadas 60-75% de lagartas da espécie Pieris brassicae (os dados referem-se à América do Norte).


Foto 6

Outra espécie de borboleta que pode ser uma praga é a nocturna Lymantria dispar (Lagarta-do-sobreiro). O sobreiro (Quercus suber) é a espécie mais afectada por este lepidóptero. O ataque por parte das lagartas afecta o crescimento das árvores e provoca a perda da frutificação. No caso do sobreiro, e quando a desfolha é intensa, provoca falsos crescimentos na cortiça, diminuindo a sua qualidade e desaconselhando o descortiçamento. Quando a desfolha é intensa, as lagartas são obrigadas a deslocar-se para novas áreas de alimentação, atacando inúmeras espécies de plantas que encontram pelo caminho. Os parasitóides naturais desta espécie são um meio muito importante no controlo das suas populações.


Foto 7











Bibliografia:

http://www.confagri.pt/Floresta/pragas/praga19.htm
http://www.nysaes.cornell.edu/ent/biocontrol/parasitoids/cotesia.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Parasitoid

sábado, maio 26, 2007

Borboletas diurnas de Gilmonde, Barcelos

Neste post coloco as fotos de todas as espécies diurnas que fotografei em Gilmonde, uma Freguesia do Concelho de Barcelos (Portugal). As informações de cada espécie referem-se a Portugal.


Lycaena tityrus
Lycaena tityrus - Pertence à família Lycaenidae. Voa de Abril a Setembro. A lagarta alimenta-se azedas (Rumex acetosa). Aparece no norte, centro e na zona do Sado. Possui duas gerações (pode haver três em anos favoráveis). É pouco comum.








Lycaena phlaeas
Lycaena phlaeas - Pertence à família Lycaenidae. O adulto vê-se de Março a Novembro (todo o ano no sul). A lagarta alimenta-se de azedas (Rumex acetosa e R. acetosella). Distribui-se por todo o território continental e Madeira. Existem, provavelmente, três gerações. Lepidóptero comum e muito disperso.






Lampides boeticus
Lampides boeticus - Família Lycaenidae. O adulto vê-se de Março a Dezembro. A lagarta alimenta-se de codeços (Adenocarpus complicatus), espanta-lobos (Colutea arborescens), ervilheiras (Pisum spp.), tremoceiros (Lupinus spp.), Genista, etc. Ocorre em todo o país, Madeira e Açores. Possui três gerações. É uma borboleta comum.






Leptotes pirithous
Leptotes pirithous - Pertence à família Lycaenidae. Voa de Fevereiro a Dezembro. A lagarta alimenta-se de Leguminosas: Astragalus lusitanicus, luzerna (Medicago sativa), anafe (Melilotus spp.) tojos (Ulex spp.), etc. Aparece em todo o território. Existem várias gerações sucessivas. É um lepidóptero muito comum e disperso.






Polyommatus icarus

Polyommatus icarus - Espécie pertencente à família Lycaenidae. Voa de Março a Outubro. As plantas hospedeiras são: trevos (Trifolium spp.), cornichão (Lotus spp.), luzerna (Medicago sativa), gatunhas (Ononis spp.), etc. Está muito dispersa em Portugal. Possui três a quatro gerações. É relativamente comum.




Aricia cramera
Aricia cramera - Pertence à família Lycaenidae. O adulto vê-se de Abril a Setembro. A lagarta alimenta-se de Helianthemum, bico-de-cegonha (Erodium spp.) e Geranium spp., etc. Aparece em todo o território português. Possivelmente bivoltina. Muito dispersa e por vezes comum.





Satyrium esculi
Satyrium esculi - Pertence à família Lycaenidae. O adulto vê-se de fins de Abril (Algarve) até Agosto. A lagarta alimenta-se de carrasco (Quercus coccifera) e de azinheira (Quercus ilex). Está bastante dispersa. É univoltina. Espécie comum em muitas regiões.








Cacyreus marshalli
Cacyreus marshalli - Pertence à família Lycaenidae. A lagarta alimenta-se de sardinheiras cultivadas (Geranium spp. e Pelargonyum spp.). Está a dispersar-se rapidamente. Polivoltina. Espécie introduzida na Europa no início dos anos 90.








Celastrina argiolus
Celastrina argiolus - Família Lycaenidae. Voa de Janeiro a Outubro. A lagarta alimenta-se das flores e frutos de várias plantas: hera (Hedera helix), amores (Arctium spp.), azevinho (Ilex aquifolium), piorno (Genista florida), etc. Aparece em todo o território. Duas a três gerações. Está muito dispersa e é frequente.

Nota: o indivíduo da foto é aberrante não possuindo a coloração habitual (carece de pontos negros na face inferior).



Pieris brassicae
Pieris brassicae - Pertence à família Pieridae. Voa todo o ano. A lagarta alimenta-se de couves e nabos (Brassica spp.). Aparece em todo o território, na Madeira (rara) e Açores. Possui três gerações. É uma borboleta comum.









Pieris rapae
Pieris rapae - Este lepidóptero pertence à família Pieridae. Voa de Fevereiro a Novembro. As lagartas alimentam-se de Crucíferas: couves e nabos (Brassica spp.) e Resedáceas. Espalhada por todo o território continental e Madeira. Não tem aparecido nos Açores. Gerações ininterruptas. É comum.







Pieris napi
Pieris napi - Família Pieridae. Voa de Fevereiro a Novembro. As lagartas alimentam-se de couves e nabos (Brassica spp.), assembleias (Iberis spp.) e mostardas (Sinapis spp.). Apenas a norte do Tejo e Serra de Monchique. Possui três ou mais gerações. Frequente a norte do Tejo e rara a sul.







Pontia daplidice
Pontia daplidice - Pertence à família Pieridae. O adulto vê-se de Fevereiro a Setembro. A lagarta alimenta-se de Crucíferas e Resedáceas: reseda (Reseda), mostarda (Sinapis), erva-dos-cantores (Sisymbrium), etc. Encontra-se muito dispersa em Portugal. Existem duas ou três gerações. É frequente.








Colias crocea
Colias crocea - Família Pieridae. Voa todo o ano. As lagartas alimentam-se de leguminosas: trevos (Trifolium spp.), luzerna (Medicago sativa), etc. Dispersa no continente, Madeira e Açores. Três a quatro gerações. É comum.







Gonepteryx rhamni
Gonepteryx rhamni - Pertence à família Pieridae. Voa de Maio a Outubro. A lagarta alimenta-se de sanguinho (Frangula alnus). Encontra-se muito dispersa. Possui uma geração. É frequente.








Gonepteryx cleopatra
Gonepteryx cleopatra - Membro da família Pieridae. Voa de Março a Agosto. As lagartas alimentam-se de aderno (Rhamnus alaternus). Aparece em praticamente todo o País. Duas gerações. Vulgar no centro e sul, rara em Trás-os-Montes e ocasional no Minho.







Hipparchia semele
Hipparchia semele - Família Nymphalidae (subfamília Satyrinae). Voa de Julho a Outubro. A lagarta alimenta-se de gramíneas: erva-de-conta (Arrhenatherum elatius), Brachypodium phoenicoides, Festuca elegans, Festuca ovina, Stipa lagascae, Poa spp., trigo (Triticum aestivum) e Deschampsia spp.. Aparece no norte e centro do País. Univoltina. Frequente no norte e centro e rara a sul do Tejo.






Hipparchia statilinus
Hipparchia statilinus - Pertence à famíia Nymphalidae (subfamília Satyrinae). Voa de Abril a Setembro. A lagarta alimenta-se gramíneas: Avenula gervasii, bromo-de-Schrader (Bromus unioloides), Brachypodium phoenicoides, Festuca ovina, etc. Dispersa por todo o território continental. Univoltina. Comum a norte do Tejo e rara a sul.





Pararge aegeria
Pararge aegeria - Família Nymphalidae (subfamília Satyrinae). Voa todo o ano. O ovo é posto sobre gramíneas secas: talha-dente (Piptatherum miliaceum), grama-francesa (Agropyrum spp.), trigo (Triticum spp.) e Poa spp.. Encontra-se no continente e na Madeira. Três ou quatro gerações. Comum.







Coenonympha dorus
Coenonympha dorus - Pertence à família Nymphalidae (subfamília Satyrinae). Voa de Maio a Outubro. As lagartas alimentam-se de gramíneas: Brachypodium retusum, Stipa offneri, Carex hallerana, Agrostis spp. e Festuca ovina. Encontra-se muito dispersa. Possui três gerações. Relativamente comum no norte e centro e rara a sul do Tejo.






Coenonympha pamphilus
Coenonympha pamphilus - Família Nymphalidae (subfamília Satyrinae). Voa de Março a Outubro. A lagarta alimenta-se de Poa annua, cervum (Nardus stricta) e erva-burra (Cynosurus cristatus). Muito dispersa. Três gerações. Comum.








Maniola jurtina
Maniola jurtina - Pertence à família Nymphalidae (subfamília Satyrinae). Voa de Março a Outubro. A lagarta alimenta-se de gramíneas: Brachypodium phoenicoides, Elymus repens, Poa trivialis e Stipa tenacissima. Aparece em todo o território. Duas gerações. Espécie comum.







Pyronia tithonus
Pyronia tithonus - Família Nymphalidae (subfamília Satyrinae). Voa de Maio a Setembro. A lagarta alimenta-se de Brachypodium phoenicoides, Festuca spp., Poa trivialis, Poa annua e milho-paínço (Milium spp.). Muito dispersa em Portugal. Duas gerações (uma nas zonas mais frias). Comum embora relativamente rara a sul do Tejo.








Polygonia c-album
Polygonia c-album - Membro da família Nymphalidae. Voa de Junho a Setembro, reaparecendo em Março após hibernação. As lagartas alimentam-se de urtigas (Urtica spp.), abrunheiro (Prunus spinosa), olmos (Ulmus spp.), choupos (Populus spp.), lúpulo (Humulus lupulus), aveleira (Corylus avelana), etc. Aparece no norte e centro. Bivoltina. É frequente.





Inachis io
Inachis io - Família Nymphalidae. Voa de Julho a Maio. A lagarta alimenta-se de urtigas (Urtica spp.). Encontra-se no norte e centro. Uma geração. Frequente no norte, mais rara no centro e terras baixas.







Issoria lathonia
Issoria lathonia - Pertence à família Nymphalidae. Voa de Março a Dezembro. As lagartas alimentam-se de violetas (Viola spp.) e de outras plantas de pequeno porte. Muito dispersa. Três gerações. É frequente.






Argynnis pandora
Argynnis pandora - Membro da família Nymphalidae. O adulto vê-se de Maio a Outubro. A lagarta alimenta-se de amor-perfeito (Viola tricolor). Muito dispersa em Portugal, estando ausente em grande parte do Alentejo. Possivelmente duas gerações. Frequente no interior a norte do Tejo, sendo muito rara no resto da área onde se encontra.




Boloria selene
Boloria selene - Família Nymphalidae. Voa de Abril a Setembro. A lagarta alimenta-se de violetas (Viola canina e Viola palustris) e de morangueiros (Fragaria spp.). Aparece no norte e centro do País. Bivoltina. É relativamente frequente e dispersa.









Euphydryas aurinia
Euphydryas aurinia - Membro da família Nymphalidae. O adulto vê-se de Março a Junho. A lagarta alimenta-se de madressilvas (Lonicera periclymenum e Lonicera etrusca), Succisa pratensis, língua-de-ovelha (Plantago lanceolata) e suspiros-roxos (Scabiosa spp.). Encontra-se por todo o lado. Univoltina (uma geração). Muito dispersa.





Vanessa virginiensis
Vanessa virginiensis - Pertence à família Nymphalidae. Voa de Março a Dezembro. A lagarta alimenta-se de cardos (Carduus spp.), Gnaphalium luteo-album, espécies de Antennaria e urtigas (Urtica spp.). Aparece em todo o território continental, Madeira e Açores. Duas gerações. Relativamente bem estabelecida no litoral, rara nos Açores e Madeira.




Vanessa cardui
Vanessa cardui - Família Nymphalidae. Voa de Março a Outubro. As lagartas alimentam-se de cardos (Carduus spp.), acanto-bastardo (Onopordum spp.), amores (Arctium spp.), malvas (Malva spp.) e urtigas (Urtica spp.). Ocupa todo o território. Duas a três gerações. Espécie comum.
Nota: já observei uma lagarta a alimentar-se de Echium.




Vanessa atalanta
Vanessa atalanta - Pertence à família Nymphalidae. Voa durante todo o ano. As lagartas alimentam-se de urtigas (Urtica spp.) ou parietárias (Parietaria spp.). Existe no continente, Madeira e Açores. Duas ou três gerações. É comum.







Ochlodes sylvanus
Ochlodes sylvanus - Pertence à família Hesperiidae. Voa de Junho a Agosto. A lagarta alimenta-se de cabelo-de-cão (Poa spp.), erva-carneira (Festuca spp.), trigo (Triticum spp.), etc. Aparece a norte do Tejo e no Algarve. Univoltina. Frequente a norte do Tejo e rara no Algarve.







Carcharodus alceae

Carcharodus alceae - Membro da família Hesperiidae. Voa de Abril a Setembro. A lagarta alimenta-se de malva (Malva spp.), alteia (Althaea spp.) e hibisco (Hibiscus spp.). A espécie Carcharodus alceae aparece a norte do território enquento que a sua espécie gémea Carcharodus tripolinus ocupa a região do Algarve e uma faixa até à latitude da Serra de Aire e Candeiros e S. Mamede (exclusive).




Iphiclides feisthamelii

Iphiclides feisthamelii - Pertence à família Papilionidae. O adulto vê-se de Fevereiro a Dezembro. A lagarta alimenta-se de abrunheiro (Prunus spinosa), pessegueiro (Prunus persica) e pereira (Pyrus communis). Está dispersa por todo o território. Existem duas gerações. É frequente.
Nota: já observei a lagarta a alimentar-se de macieira (Malus).





Papilio machaon
Papilio machaon - Família Papilionidae. Voa de Fevereiro a Dezembro. A lagarta alimenta-se de umbelíferas, especialmente arruda (Ruta chalepensis) e funcho (Foeniculum vulgare). Aparece em todo o território. Possui três gerações. Frequente e dispersa.





Bibliografia:
Maravalhas, E. (2003) As borboletas de Portugal. Vento Norte. Porto.